23 de janeiro de 2007

RADAR MAIS RIGOROSO NA CIDADE DE SÃO PAULO

Radar mais rigoroso dobra número de multas de velocidade em São Paulo
Segundo a "Folha de S.Paulo", margem de erro dos aparelhos caiu para 7 km/h.
Volume de multas mensais saltou de 31 mil para 60 mil em setembro.

A mudança na margem de tolerância dos radares fixos e móveis que fiscalizam a velocidade dos automóveis que circulam em São Paulo, de 10 km/h para 7 km/h, praticamente dobrou o número de multas aplicadas aos motoristas na cidade. Segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", a mudança foi feita há cinco meses - e confirmada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) -, e já trouxe mudanças no volume de infrações.

A margem de erro, agora em 7 km/h, mas com variações dependendo do radar, é a diferença entre a velocidade máxima permitida e a que é efetivamente considerada para multar os motoristas. Ela foi criada por conta dos erros de leitura de velocidade pelos equipamentos e evitar que um carro seja multado injustamente em caso de aumento indevido na velocidade registrada.

Antes, a prefeitura dava como 10 km/h o erro máximo do radar. Se o motorista passasse a 60 km/h em uma via com limite igual de velocidade, a máquina marcaria, teoricamente, um valor entre 50 km/h e 70 km/h. Como eram descontados 10 km/h, o motorista não seria multado, mesmo que o erro do radar tivesse sido máximo.

De acordo com a legislação de trânsito, no entanto, a margem maxima admissível de erro nos equipamentos é de 7 km/h para as velocidades até 100 km/h e de 7% para velocidades acima de 100 km/h. Lombadas eletrônicas e radares com desvios de 10 km/h, por exemplo, já deveriam estar fora de operação. O "desconto" antigo, de 10 km/h, portanto, permitia que o motorista passasse a 63 km/h na via de limite de 60 km/h sem chance de ser multado, já que, no máximo, a leitora marcaria 70 km/h - considerando que o radar estivesse calibrado corretamente.

Nos primeiros cinco anos da fiscalização de radares na cidade, a CET chegou a dar descontos de 15 km/h a 20 km/h na velocidade aferida. A redução para 10 km/h foi feita pela gestão Marta Suplicy (PT) em 2001, medida que quase quadruplicou as multas na época.

De janeiro a agosto de 2006, a média mensal de infrações flagradas pelos radares fixos ficou próxima de 31 mil. O número praticamente dobrou nos três meses seguintes, chegando a 60 mil multas por mês. O diretor de operações da CET, Adauto Martinez, afirma que a nova margem passou a ser adotada em todos os equipamentos a partir da lei federal do final de julho de 2006

(Fonte: Site G1)

Alberto Macário
AFCET-SP

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