Prefeitura de São Paulo promete fazer uma revolução no sistema de estacionamento público da capital. As medidas, que deverão ser adotadas no próximo ano, incluem o fim do talão de zona azul, a instalação de parquímetros, a construção de garagens e a proibição, em todas as ruas da capital, de estacionar veículos em pelo menos um dos lados da via. Para os três primeiros itens, a Secretaria Municipal de Transportes afirma que abrirá uma licitação até o fim de setembro.
Já a restrição de estacionamento só depende do fim dos estudos técnicos que foram pedidos em junho à Companhia de Engenharia de Tráfego (mais informações na página C3). Com os parquímetros, a Prefeitura ainda espera acabar com o serviço irregular dos chamados "flanelinhas" e liberar os agentes de trânsito que cuidam da Zona Azul para controlar o trânsito na capital.
A retirada de vagas das ruas, iniciada há pouco mais de um ano, complementa uma outra aposta da Prefeitura, que já foi apelidada de "Zona Azul Vertical" - edifícios-garagem com no máximo 400 vagas que devem ser construídos perto de estações do metrô e de terminais de ônibus para incentivar a opção pelo transporte público e reduzir o número de veículos em algumas regiões. A secretaria já identificou 41 terrenos dentro do centro expandido que podem abrigar esses prédios, mas não divulgou os locais, temendo especulação imobiliária.
De acordo com o secretário de Transportes, Alexandre de Moraes, a licitação prevê a divisão da cidade em lotes. Para a empresa operar uma área rentável, terá de administrar também uma outra menos atrativa. Nas garagens, o valor cobrado será o mesmo da Zona Azul tradicional. A Prefeitura anunciou o aumento da tarifa de R$ 1,80 para R$ 3, após oito anos, mas adiou o reajuste até que uma sindicância fosse concluída - havia a suspeita de represamento de talões. Moraes afirmou ontem que a análise já foi concluída.
Com a modernização do sistema de estacionamento público, a Prefeitura pretende agora atingir o limite da capacidade de estacionamento público na cidade, que é de 60 mil vagas regulamentadas. Hoje, são 33 mil. Além de prédios, o secretário também não descarta a possibilidade de construção de garagens subterrâneas.
Para o urbanista João Valente Filho todas essas propostas são bem-vindas para a cidade porque disciplinam o uso da via pública. "Temos espaços compartilhados e, especialmente em relação aos estacionamentos, precisamos de regras." Mas para o ex-secretário estadual de Transportes Adriano Branco as medidas não vão além de beneficiar os usuários de transporte individual. "São mais paliativos e serão mais um motivo para o motorista seguir de carro até seu destino."
PARQUÍMETROS
Não é a primeira vez nesta década que a administração municipal paulista cogita a troca do sistema de talões de Zona Azul pelos parquímetros. Em 2003, a medida já havia sido anunciada pela Secretaria de Transportes, com um prazo de instalação de três anos. Além de Marta Suplicy, Paulo Maluf e Celso Pitta também planejaram a alteração, que não saiu do papel.
O modelo envolveria, conforme estudos da gestão petista, a instalação nas calçadas de máquinas que funcionariam com moedas ou cartões. Agora, o sistema a ser adotado dependerá das empresas que concorrerem na licitação - um dos sistemas, eletrônico, poderia fazer a cobrança online, como já ocorre em Mogi das Cruzes. A obrigatoriedade de instalação de chips de identificação nos veículos também pode facilitar o serviço.
Já a restrição de estacionamento só depende do fim dos estudos técnicos que foram pedidos em junho à Companhia de Engenharia de Tráfego (mais informações na página C3). Com os parquímetros, a Prefeitura ainda espera acabar com o serviço irregular dos chamados "flanelinhas" e liberar os agentes de trânsito que cuidam da Zona Azul para controlar o trânsito na capital.
A retirada de vagas das ruas, iniciada há pouco mais de um ano, complementa uma outra aposta da Prefeitura, que já foi apelidada de "Zona Azul Vertical" - edifícios-garagem com no máximo 400 vagas que devem ser construídos perto de estações do metrô e de terminais de ônibus para incentivar a opção pelo transporte público e reduzir o número de veículos em algumas regiões. A secretaria já identificou 41 terrenos dentro do centro expandido que podem abrigar esses prédios, mas não divulgou os locais, temendo especulação imobiliária.
De acordo com o secretário de Transportes, Alexandre de Moraes, a licitação prevê a divisão da cidade em lotes. Para a empresa operar uma área rentável, terá de administrar também uma outra menos atrativa. Nas garagens, o valor cobrado será o mesmo da Zona Azul tradicional. A Prefeitura anunciou o aumento da tarifa de R$ 1,80 para R$ 3, após oito anos, mas adiou o reajuste até que uma sindicância fosse concluída - havia a suspeita de represamento de talões. Moraes afirmou ontem que a análise já foi concluída.
Com a modernização do sistema de estacionamento público, a Prefeitura pretende agora atingir o limite da capacidade de estacionamento público na cidade, que é de 60 mil vagas regulamentadas. Hoje, são 33 mil. Além de prédios, o secretário também não descarta a possibilidade de construção de garagens subterrâneas.
Para o urbanista João Valente Filho todas essas propostas são bem-vindas para a cidade porque disciplinam o uso da via pública. "Temos espaços compartilhados e, especialmente em relação aos estacionamentos, precisamos de regras." Mas para o ex-secretário estadual de Transportes Adriano Branco as medidas não vão além de beneficiar os usuários de transporte individual. "São mais paliativos e serão mais um motivo para o motorista seguir de carro até seu destino."
PARQUÍMETROS
Não é a primeira vez nesta década que a administração municipal paulista cogita a troca do sistema de talões de Zona Azul pelos parquímetros. Em 2003, a medida já havia sido anunciada pela Secretaria de Transportes, com um prazo de instalação de três anos. Além de Marta Suplicy, Paulo Maluf e Celso Pitta também planejaram a alteração, que não saiu do papel.
O modelo envolveria, conforme estudos da gestão petista, a instalação nas calçadas de máquinas que funcionariam com moedas ou cartões. Agora, o sistema a ser adotado dependerá das empresas que concorrerem na licitação - um dos sistemas, eletrônico, poderia fazer a cobrança online, como já ocorre em Mogi das Cruzes. A obrigatoriedade de instalação de chips de identificação nos veículos também pode facilitar o serviço.
AFCET-SP