Quais grupos da população devem tomar a vacina?
Por que só alguns grupos foram priorizados?
Quem são os doentes crônicos?
Basicamente, são pessoas que sofrem com obesidade, diabetes, doenças respiratórias, problemas cardíacos ou imunodepressão. Confira a relação completa seguir:
Relação de quadros crônicos
Obesidade:
- crianças de até 10 anos com índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 25
- jovens entre 10 e 18 anos com IMC maior ou igual 35
- adultos com IMC maior do que 40
Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplo: fibrose cística, displasia broncopulmonar): asma
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outros males respiratórios crônicos com insuficiência respiratória crônica (ex: fibrose pulmonar, seqüelas de tuberculose, pneumoconioses)
Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular)
Imunodepressão (exemplos: pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico)
Diabetes mellitus
Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral)
Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise)
Doença hematológica (hemoglobinopatias)
Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki)
Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca
Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica: hipertensão arterial pulmonar
Valvulopatias
Cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular (fração de ejeção do ventrículo esquerdo menor do que 0.40)
Cardiopatia hipertensiva com disfunção ventricular
Cardiopatias congênitas cianóticas
Cardiopatias congênitas acianóticas, não corrigidas cirurgicamente ou por intervenção percutânea
Miocardiopatias (dilatada, hipertrófica ou restritiva)
Pericardiopatias
Quem perdeu a data indicada para seu grupo populacional ainda pode se vacinar?
Segundo orientação do Ministério da Saúde, é preferível que as pessoas sigam o cronograma de vacinação. A solicitação da vacinação após o prazo vai depender da interpretação de cada unidade de saúde já que o caso será encarado como exceção. As mulheres que engravidarem depois de 23 de abril ainda podem tomar a vacina até 21 de maio.
Quem não faz parte desses grupos poderá ser vacinado?
Clínicas particulares oferecem a vacina?
O que acontece com quem pertence ao grupo de risco, mas não pretende tomar a vacina?
Quem teve a gripe no ano passado e se encaixa no grupo de risco precisa tomar a vacina?
Qual a eficácia da vacina utilizada no Brasil?
De acordo com Nancy Bellei, estudos mostraram que a efetividade da vacina ultrapassa os 90%.
É verdade que somente duas doses da vacina garantem a eficácia dela?
Não, isso é um boato. "No início, quando se estabelecia o combate à pandemia, acreditava-se que seriam necessárias duas doses por pessoa. Depois de estudos, percebeu-se que uma só dose é extremamente eficaz em adultos", esclarece Nancy Bellei, da Unifesp. Segundo o MS, as crianças entre 6 meses e 2 anos devem tomar "duas meias doses da vacina contra a Influenza H1N1 sendo que a segunda meia dose é aplicada 30 dias depois da primeira".
A vacina disponibilizada pelo governo é segura ou trata-se de um medicamento em fase de teste?
"As pessoas não têm porque pensar que estão sendo cobaias da vacina", atesta o infectologista Juvêncio Furtado, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e professor da Faculdade de Medicina do ABC. "As vacinas brasileiras foram feitas por laboratórios que têm tradição. Não é nada experimental. Para que elas chegassem ao mercado, passaram por vários testes que mostraram segurança e eficácia. Além disso, tivemos o privilégio de receber depois da America do Norte", complementa o infectologista e professor da Unifesp Eduardo Medeiros.
Todos podem tomar a vacina ou há contraindicações?
Segundo o MS, a única contraindicação é para pessoas alérgicas a ovos uma vez que esta vacina é produzida em ovos de galinha. Os especialistas também chamam a atenção para pessoas que têm alergia severa ao timerosal, presente no antigo merthiolate, já que ele também faz parte da composição da dose.
Informações que circulam na internet afirmam que o mercúrio encontrado na vacina poderia causar autismo em crianças. Outros textos dizem que a vacina tem células cancerígenas. Isso é verdade?
Não, são apenas boatos. Segundo o MS, "a concentração de mercúrio é usada para evitar crescimento de fungos ou bactérias, no caso de a vacina ser contaminada acidentalmente". O conservante, que não possui uma dose prejudicial, é utilizado também em outras vacinas tomadas rotineiramente pelas crianças. O texto que fala sobre as células do câncer não tem nenhum embasamento científico. "Em geral, as pessoas não costumam conhecer todos os componentes de uma vacina. Mas como essa ganhou destaque na mídia, abre espaço para que mentiras circulem", explica a infectologista Nancy Bellei, da Unifesp.
Quem é vacinado pode ficar gripado logo em seguida?
Não. Segundo explicam os especialistas, essa é uma crença popular que não se confirma. Na época em que a vacina é aplicada, circulam diversos vírus respiratórios diferentes que não o da gripe em questão , e as pessoas podem adquiri-los, pois não estão imunizadas especificamente contra cada um deles. Mas isso não tem nenhuma ligação com a aplicação da vacina contra a gripe A, que só possuí uma pequena quantidade do vírus da gripe, incapaz de provocar a contaminação.
Quais são os efeitos colaterais da vacina?
Segundo a infectologista Nancy Bellei, da Unifesp, menos de 1% dos vacinados pode ter dor no local da aplicação, febre e mal-estar. Em casos raros, as pessoas podem apresentar reações alérgicas.
Associação dos Funcionários da CET-SP
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