19 de outubro de 2005

ATA DE REUNIÃO DO CRE COM O DIRETOR ADMINISTRATIVO THOMAZ DE AQUINO EM 23/08/05

Iniciada a 6ª Reunião do Conselho de Representantes dos Empregados da CET, gestão – Compromisso, Responsabilidade e Ética – pelo Sr. Marcelo Moraes - Presidente – tendo como secretário o Sr. Reno Ale.

Não fizemos a leitura da Ata da Reunião Ordinária Anterior, ficando acertado que no início da próxima reunião faríamos a leitura das Atas da reunião anterior, bem como desta.

O Sr. Marcelo Moraes antes de apresentar a Pauta para discussão, informou aos conselheiros presentes que o Diretor Administrativo da CET o Sr. Thomaz de Aquino estaria participando da reunião. Que conforme determinação do próprio CRE, a participação dele se faria somente depois de encerrada a negociação do Acordo Coletivo, cabe ressaltar que o próprio Sr. Thomaz havia solicitado um espaço na Reunião para poder conhecer o CRE/CET e quais eram nossas reivindicações, nossa estrutura e quais nossas propostas de trabalho.

Que a previsão de chegada do Diretor estava prevista para as 10:00h. O Sr. Moraes ainda acrescentou que havia convidado a participar de nossa Reunião Ordinária a Sra. Nelci Diretora do SINDVIÁRIOS e o Sr. Elias também Diretor do SINDVIÁRIOS, para poderem acompanhar as discussões que seriam travadas. Não houve manifestações em contrário. Então, foi apresentada a Pauta da Reunião.

Informes Gerais do CRE/CET e dos Conselheiros;
Participação do Diretor Administrativo;
Demissões;
Indicação de Conselheiro Junto à GIN para Atualização da Pagina do CRE/CET na Intranet CET.;
Boletim Informativo. Já dentro da Pauta para darmos os Informes Gerais aos Conselheiros e receber os Informes dos mesmos por área de atuação.

O Diretor chegou às 10:15h, após tomar acento, fizemos a proposta dele se apresentar. O mesmo concordou, porém informou aos presentes que teria que se ausentar às 11:00h, para poder resolver problemas administrativos da CET e dar uma entrevista marcada com a Rádio CBN, mas que retornaria na parte da parte, para dar prosseguimento ao debate. Não fizemos oposição.
Dada a palavra ao Sr. Thomaz para que iniciasse sua palestra, que se pronunciou da seguinte forma:

Que queria discutir os assuntos abordados ali com muita franqueza para se criar um bom relacionamento, fez sua apresentação. Discorrendo sobre sua experiência na área Pública, tendo já participado de alguns órgãos públicos, tendo iniciado na administração pública no Governo Quércia, tendo trabalhado diretamente com o Goldmam, foi Assessor do Antônio Ermínio de Moraes, atualmente estava no Governo Alckimin. Nunca havia tido contato com o setor do Trânsito.

Apresentação interrompida pelo telefone celular do próprio Diretor, que começou a dar entrevista pelo celular para a Rádio CBN, a entrevista foi concedida dentro da sala de reunião, na presença dos Conselheiros, sendo o assunto as Demissões que estavam ocorrendo na CET, foi colocado por ele que as demissões estavam ocorrendo para poder diminuir o Custo da Folha de Pagamento em 6%, e que seria em torno de 220 demissões, o que não iria comprometer o funcionamento da CET, mesmo porque as pessoas que estavam sendo demitidas em sua grande maioria tinham um baixíssimo desempenho na operação ou nem mais estavam trabalhando em campo. Finalizou a entrevista.

Retomou sua Apresentação, dizendo que quando chegaram e tomaram posse encontraram uma CET totalmente abandonada, tudo muito homogêneo e ruim com um Orçamento Baixo. A Empresa estava preparada para ser incorporada pela SPTrans, mas isso seria muito ruim para o trânsito, pois a origem da CET é melhor e a empresa já tem anos de experiência no trânsito, já a SPTrans ainda não se consolidou como a Gestora do Transporte Público em São Paulo, por isso abandonaram o projeto da Gestão anterior que foi muito ruim para a CET, por falta de visão estratégica. Finalizando assim sua explanação.

Aberta a palavra aos conselheiros que fizeram os seguintes questionamentos:

Por que houve tanta animosidade quanto à negociação do Acordo Coletivo de Trabalho?

Por que a empresa estava recusando a pagar o que fora negociado, sem a homologação do Acordo, visto que isso nunca havia acontecido antes, nem mesmo na gestão do Maluf, o que era acordado na frente do Juiz era cumprido, sem a necessidade da homologação?

Quais estão sendo os critérios para demitir empregados com tantos anos de casa?

Quando que esta Gestão irá fazer investimentos em infra-estrutura e na estrutura da Companhia, visto que até o presente momento o que vimos foi somente investimento em novas tecnologias para fiscalização, a preocupação é somente com a arrecadação?

Por que não demitir quem realmente quer ir embora da empresa, pois quem esta descontente acaba tendo um desempenho inferior a quem quer continuar trabalhando aqui?

Ao término desses questionamentos feitos pelos Conselheiros, já era 12:45h e o Diretor solicitou licença para ir embora, prometendo retornar na parte da tarde para dar as respostas. Fizemos uma pausa para o almoço, marcamos o retorno para reunião às 14:00h.

Retomada a reunião às 14:15h. Iniciamos um debate entre os Conselheiros, sobre o que escutamos do Diretor na parte da manhã, quais tinham sido os questionamentos, qual seria a postura que deveríamos adotar com ele na tarde da tarde, o que seria mais importante abordar e de que forma. Tiramos por unanimidade que iríamos reforçar o debate quanto às Demissões e qual é o projeto desta Administração para o futuro da CET. O Diretor retornou às 15:00h, tomou acento e foi logo respondendo os questionamentos, da seguinte forma:

Que ele iria responder de forma abrangente sem se fixar a uma ou outra pergunta, pois desta forma estaria esclarecendo de forma global nossas dúvidas. Quanto às Demissões os critérios ficaram a cargo de cada gerência, pois não foi dada nenhuma orientação, e que decidiram a pedido do Sr. Macabelli da Superintendência de Engenharia, para primeiro demitir-se quem causa problemas e que as chefias consideravam empregados ineficientes, aqueles que não mais serviam para a CET, pois as pessoas que queriam serem demitidas, havia muita gente bem vinda na CET.
A Direção da Empresa achou a proposta do Superintendente em questão boa e foi de pronto acatada. Já a quantidade de Demissões estava seguindo um critério para sua efetivação, visto que há um cronograma financeiro, pois há um determinado recurso para efetivar as demissões que vai ser respeita a entrada do dinheiro em caixa e o valor das indenizações a serem pagas.

Os investimentos em tecnologia são primordiais, pois a CET parou no tempo, é necessária a reformulação da tecnologia para deixar os serviços prestados à população mais ágeis e eficientes, já esta em estudo a substituição dos equipamentos de informática para toda a Companhia, toda parte de comunicação esta sendo revista tanto para comunicação interna administrativa, como a forma em que a operação vem se comunicando, pois é necessário um maior controle das informações.
O Site da CET também vai passar por uma grande reformulação para recursos humanos da companhia incluindo treinamentos, aprimoramentos técnicos nas equipes técnicas e cursos de reciclagem de forma mais constante. O grande projeto da Administração é defender os serviços que a CET desenvolve para o município, desta forma estaremos defendendo a Empresa e os empregos, contudo temos a intenção de substituir a mão-de-obra até o final do mandato deles em no mínimo 1/3 do quadro de empregados existente na CET, que isto pode parecer uma maldade, mas não é, pois temos hoje um alto índice de absenteísmo, há algo em torno de 200 pessoas prestes a se aposentar na Empresa, também, há mais o menos 550 pessoas com algum tipo de restrição médica que o impede de desempenhar suas atividades na totalidade, a CET precisa se preparar para receber novos técnicos, pois ela esta com uma faixa etária muito alta, existe muito compadrinhamento aqui, e isso dificulta uma ação mais profissionalizada.

Depois das dispensas na base da pirâmide, efetuaremos uma análise do corpo gestor para verificar as dispensas necessárias, abrindo chance de subida profissional, visto que neste patamar as coisas estão imobilizadas a muito tempo, o que dificulta a implantação de novas técnicas de gerenciamento, pois quase todos pararam no tempo e não se aperfeiçoaram, a grande maioria não sabe fazer gestão de pessoas, o que é impróprio para os dias de hoje.

Queremos a CET do futuro, readequando seu quadro de profissionais tanto na questão técnica como em sua quantidade de pessoas, ainda não estamos convencidos se essa quantidade de empregados é necessária, ou se esta abaixo do necessário, pois os números e justificativas são mal elaborados, aqui pela falta de formalidade levou as pessoas a não se preocuparem em realmente relatarem a realidade, pois com um telefonema para o amigo as coisas se resolviam, mal e porcamente, mas se resolviam, isto tem que mudar, portanto não pensem os Srs. que estamos apenas preocupados com os níveis mais baixos. É como se o Presidente da CET tivesse que reconstruir a CET.

Daí em diante começou a fazer ataques à entidade sindical e à Diretoria de Representação, alegando que não há mais condições de diálogo com esses dois órgãos, pois só sabem fazer um política basista para quem é sindicalizado no caso do sindicato e uma política burra no caso da DR, pois o mesmo não tem a mínima condição de exercer o cargo que ocupa, pois mal sabe argumentar aquilo que pleiteia junto a Direção da Empresa, e que estava ali tentando abrir uma nova frente de diálogo, visto que a impressão que se passa este CRE está disposto a desempenhar um trabalho responsável, e demonstra preocupação para com a CET.

Diferentemente do Sindicato que foi muito ajudado pela Administração do PT. Aberta novamente a palavra aos Conselheiros e aos sindicalistas presentes. A Nelci fez criticas quanto a forma que fora tratada, quando ainda trabalhava no PAMO, alegando que os comentários feitos à sua pessoa pelo Diretor era no mínimo deselegante, visto que nunca haviam sido apresentados. O Sr. Elias rebateu de forma firme as ilações do Diretor Administrativo, posto que a entidade sindical defende de forma igual na negociação do Acordo Coletivo todos os empregados sem distinção, e que a entidade sindical na Gestão Malufista tinha ido para dissídio, o mesmo na gestão do Pitta, e que na Gestão da Marta a coisa não tinha sido diferente, que ele estava agindo de má fé tentando rachar os entidade de representação na CET.

Quem vem endurecendo o diálogo é a Empresa e não o sindicato, pois as pessoas que aí estão administrando são as mesmas de 20 anos atrás, e que são rancorosas. Se quer realmente mudar a filosofia de se administrar tem que se mexer no corpo gestor da Empresa. Os Conselheiros retomaram seus questionamentos, pois não sentiram-se satisfeitos com o monólogo do Diretor Administrativo.

Surgiram outras questões sobre o PCCR, o PR, e ainda dentro das demissões porque ele estava fazendo um grande esforço para jogar toda carga em cima dos empregados da CET, como se a atual administração não tivesse nenhuma responsabilidade no assunto. Relembramos a ele que o atual orçamento também fora votado pelo PSDB na Câmara Municipal. Ressaltamos que foi uma irresponsabilidade tentar culpar as representações pelas demissões que estão ocorrendo, pois o instrumento da demissão quase sempre esconde a ineficiência administrativa e a falta de criatividade, para sair de situações difíceis, como a que estamos vivendo.

Solicitamos mais respeito aos órgãos de representação em especial ao CRE/CET, diante do que vem sendo dito pela Assessoria Jurídica, além de mais estrutura e condições para que possamos desempenhar nossa atividade. Lembramos ainda que é preciso a reabertura do diálogo com os outros órgãos de representação, visto que para nós as saídas negociadas sempre são melhores que uma boa demanda na justiça, para todas as partes envolvidas. Que no caso da Partidarização da discussão isso ao nosso ver não leva a nada, pois nosso grande interesse são as pessoas que trabalham na Companhia. Deu-se por encerrada a reunião, e eu Reno Ale Secretário Geral do CRE por força estatutária lavro a presente Ata que será aprovada na reunião subseqüente, onde a mesma será assinada e ficará a disposição de qualquer empregado para sua leitura.

DE ACORDO:



MARCELO MORAES ISIAMA
PRESIDENTE

RENO ALE
SECRETÁRIO GERAL

LUIZ VANDERLEI ZANON
CONSELHEIRO LIBERADO

(Fonte: E-mail recebido em 18/10/05)

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