8 de novembro de 2010

SEMÁFOROS SONOROS PARA DEFICIÊNTES VISUAIS AINDA É INSUFICIENTE NA CIDADE DE SÃO PAULO

Julia Chequer/R7
Lei estadual obriga instalação de semáforos sonoros até 2012

Os pedestres que utilizam os semáforos sonoros adaptados para deficientes visuais instalados pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) na cidade de São Paulo aprovam os equipamentos. Eles dizem que a tecnologia - há quatro semáforos do tipo na capital - proporciona aos deficientes visuais maior autonomia.

A dona de casa Rita Silva, de 29 anos, elogia os semáforos, mas lamenta que existam tão poucos. O estudante de história Renato José da Silva, de 33 anos, que atravessa cerca de dez cruzamentos todos os dias, relata que nem sempre as pessoas estão dispostas a ajudar e que, nesse sentido, os equipamentos sonoros dão confiança.

Na prática, o semáforo funciona assim: quando o sinal verde para pedestres é ligado, o equipamento emite um som com uma frequência específica, que muda quando o farol está prestes a fechar novamente. O sinal é completamente interrompido quando o semáforo fica vermelho. A CET tem dois anos para concluir a instalação dos equipamentos, mas antes diz que está fazendo um estudo técnico.

Segundo João Álvaro de Moraes Felipe, especialista em orientação e mobilidade da Instituição Laramara, os semáforos sonoros condicionaram os motoristas a pararem para deixar os cegos passarem. O equipamento foi instalado há quase 20 anos na rua Conselheiro Brotero, em frente ao Laramara. Nesse período, não há registros de acidentes.

- Os sinais dão a possibilidade de o cego atravessar a rua sem pedir ajuda. O direito de ser independente tem que ser garantido pelo Estado, mas isto está longe de acontecer.

Felipe relata que, há dois anos, a instituição fez um pedido à CET para que fossem instalados outros semáforos sonoros no trajeto até o corredor de ônibus debaixo do Minhocão e a estação do Metrô Marechal Deodoro. O órgão prometeu avaliar a criação de uma rota, mas, até este mês, não havia respondido à entidade.

Da mesma forma, a fundação Dorina Nowill aguarda há pelo menos dois anos para que um semáforo sonoro seja recolocado em frente à instituição, na zona sul. Segundo a professora de orientação Suzete Rugno Arruda, o equipamento foi retirado durante a construção de um prédio. A CET não comentou os casos até a publicação desta reportagem.

(Fonte: R7 Notícias)


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